Quando a gente fala em saúde mental, logo pensa em controle (ou descontrole) emocional. Pode pensar, inclusive, que é algo que depende de terapia ou qualquer outra intervenção psicológica e/ou psiquiátrica. Mas a questão vai bem além disso.

A Organização Mundial da Saúde explica que ter boa saúde mental é “contar com um estado de bem-estar que permite a você usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse, ser produtivo e contribuir com a comunidade”.

Saúde mental no dia a dia

Os efeitos negativos gerados por sentimentos bastante comuns na rotina da maioria das pessoas podem impactar diretamente esse conceito de saúde mental. Entre eles, podemos citar excesso de trabalho, ansiedade e até aquela tristeza que bate sem motivo aparente.


Pensando em favorecer a saúde mental nos mais variados aspectos, o Ministério da Saúde desenvolveu dicas importantes que vão, inclusive, aumentar a sua qualidade de vida:

1. Seja realista
Para qualquer coisa que você queira ou precise realizar, é preciso adequar as expectativas geradas na idealização dessa atividade com a realidade do que se desenrolou ao longo do processo. É preciso levar em consideração as possibilidades que você teve para alcançar as metas e objetivos pretendidos para evitar frustrações. Nunca exija mais do que realmente pode fazer!

2. Esteja próximo a pessoas queridas
Pode parecer um conselho óbvio, mas é fundamental escolher estar ao lado de pessoas que nos amam, que fazem o bem, que se importam com a gente. O suporte familiar e dos amigos é um fator de proteção contra o sofrimento.

3. Evite o uso de álcool e outras drogas
Substâncias psicoativas aumentam consideravelmente as chances de se desenvolver transtornos mentais. Se você já tiver recebido algum diagnóstico nessa área, o consumo dessas substâncias pode agravar a situação. Sem contar que elas causam problemas degenerativos ao cérebro e, portanto, pedem cuidado.

4. Seja sociável
Mantenha contato direto (e presencial – detalhe importante) com pessoas. A interação social é um fator de proteção quando se fala em saúde mental. Então, vale sair com os amigos, ir para a casa de familiares ou procurar atividades em grupos com os mesmos interesses e gostos que você.

5. Cuide do corpo
Invista em refeições ricas em alimentos in natura e não se exceda no consumo de doces, gorduras e sal. Praticar atividade física pelo menos três vezes por semana ajuda todo o corpo – inclusive o cérebro. E está comprovado cientificamente que aliar uma alimentação balanceada aos exercícios é uma medida que ajuda a combater transtornos mentais e ajuda até a memória! Então, invista!

6. Durma bem
Descansar é fundamental para o bom funcionamento do organismo inteiro, em especial, do cérebro. Situações que levam à privação do sono e/ou a má qualidade desse sono podem favorecer os transtornos mentais. Então, pelo menos 30 minutos antes de dormir, evite usar celular, computador ou ver televisão. Além disso, cuide para que o ambiente fique bem escuro e silencioso. 

7. Treina a sua mente
De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Emocional e Aperfeiçoamento Humano (Ideah), a aplicação da Programação Neurolinguística (PNL) também pode ajudar a desenvolver (e manter) a saúde mental. Você pode fazer isso com medidas simples: seja grato, pratique o autoelogio todos os dias, não pense em problemas o tempo todo, aprenda a dizer não, fale dos seus sentimentos com alguém em quem confia, seja gentil consigo mesmo, aceite as mudanças, aprenda a interpretar as críticas, fique atento aos seus pensamentos e, principalmente, aceite que ninguém é feliz o tempo todo.

Estresse é pior do que parece

O estresse não aparece em nenhuma categoria na Classificação Internacional de Doenças (CID), mas seus efeitos são observados nas mais diversas especialidades médicas como cardiologia, endocrinologia, psiquiatria e até ginecologia, prejudicando a gestação.
De acordo com o Ministério da Saúde, o acúmulo de pequenos problemas, repetidos todos os dias, pode provocar consequências como aumento da pressão arterial e do número dos batimentos cardíacos que, sem dúvida, trazem consequências negativas ao organismo.
Algumas dessas alterações são refletidas na forma de compulsões, ansiedade, queda de cabelo, problemas de pele, mau funcionamento do aparelho digestivo, má regulação do sono, aumento de peso ou emagrecimento, desequilíbrio no ciclo menstrual e depressão (um dos problemas de saúde mental mais graves e delicados).

A tecnologia está na mira!

O Instituto Delete (empresa de desenvolvimento humano ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro e dedicada a orientar e informar a sociedade sobre o uso consciente das tecnologias) listou sentimentos e ações que podem indicar perda de controle no universo digital. De acordo com a empresa, se você se identificar com pelo menos cinco dos aspectos a seguir, pode ser sinal de que tem algum tipo de dependência digital:

- Você fica triste se não recebe ligações ou mensagens ao longo do dia.

- Usa a internet para evitar a sensação de estar só.

- Ignora pessoas ao seu lado para se comunicar pela internet.

- Sente-se deprimido, instável ou nervoso quando não está conectado, e isso desaparece quando volta a se conectar.

- Envia ou consulta mensagens no celular enquanto dirige.

- Sente baixa na autoestima quando os amigos recebem mais “curtidas” que você.

- Deixa de fazer atividades na vida real para ficar na internet.

- Já deixou ou deixaria de viajar para não ficar desconectado.

- Fica triste quando vê nas redes sociais que seus amigos têm vida mais interessante do que a sua.

- Passa por conflitos de relacionamento por ficar muito tempo conectado.

E o tratamento?

Em geral, quem cuida de problemas ligados a transtornos mentais são psicólogos e psiquiatras. Dependendo da condição clínica, dos fatores que levaram ao quadro em questão, o tratamento é feito pelos dois especialistas em conjunto, podendo até ser encaminhado a outros profissionais de saúde.

Se você percebe indícios de que a sua saúde mental não vai bem, peça ajuda. Isso não é motivo de vergonha, ao contrário: é prova de autoconhecimento, autocuidado, de amor a si mesmo.

Lembrando que beneficiários Care Plus contam com o Personal Care (programa de atendimento psicológico especializado para assistir processo de luto ou doença familiar) e com o Pap System (uma central de atendimento 24 horas e exclusiva para situações de crise pessoal e profissional).

 

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