Quase metade da população brasileira não faz atividade física o suficiente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 47% dos brasileiros não segue a recomendação de se dedicar a pelo menos de 150 minutos semanais de exercícios de intensidade moderada ou pelo menos 75 minutos de exercícios intensos. Todo mundo sabe que a prática regular de atividade física é favorável à saúde: combate a obesidade e as doenças cardíacas, reduz níveis de estresse, traz sensação de bem-estar, entre outros benefícios. Então, entrar para essa estatística nunca é uma boa ideia.
 

Para cada idade, uma necessidade

Mas antes de sair correndo (literalmente ou não) atrás do prejuízo, vamos entender como a atividade física deve entrar (ou permanecer) na sua vida, de acordo com a sua faixa etária. Com o passar do tempo, o metabolismo (aquele sistema que cuida da utilização e do gasto de energia pelo nosso corpo) passa por alterações. É por isso que uma criança, um adulto e um idoso não vão ter as mesmas necessidades, limitações e capacidades motoras dentro do universo da atividade física. Daí a importância de se levar em conta a faixa etária antes de buscar um exercício. Os especialistas ainda recomendam que fatores como rotina, condicionamento físico e satisfação pessoal também sejam considerados nessa escolha.
 

Conheça os principais tipos de atividade física

De acordo com o Ministério da Saúde, os exercícios podem ser divididos de acordo com as seguintes categorias:

- Aeróbios: engloba práticas como caminhada, corrida e pedalada. É um tipo de treinamento resistivo que contribui para o aumento da capacidade respiratória.
 

- De força global e estrutural: são aqueles que promovem o fortalecimento muscular e articular como agachamentos, elevações, flexões, abdominais e saltos.
 

- Psicomotores: incluem deslocamento, agilidade, flexibilidade e movimentação e são considerados exercícios coordenativos. Nessa categoria, entra o alongamento, que deve ser realizado após qualquer estímulo físico para promover a regeneração muscular e manter a flexibilidade.

E como, dentro dessas categorias, pode-se determinar o que é indicado para cada faixa etária? Os especialistas alertam que não existe uma atividade física ideal, mas sim práticas que são mais ou menos adequadas para diferentes fases da vida. E é isso que a gente vai entender a seguir.
 

Crianças e adolescentes

De acordo com o Ministério da Saúde, nas fases de crescimento e desenvolvimento, deve-se praticar atividade física com regularidade para afastar o risco de obesidade precoce, evitar problemas de saúde, aumentar a socialização, desenvolver melhor a personalidade e até favorecer a descoberta de aptidões e talentos.

Exercícios aeróbios ao ar livre e atividades lúdicas e cooperativas (como esportes individuais e coletivos e dança) estimulam coordenação, equilíbrio, força, agilidade, velocidade, ritmo. A recomendação dos especialistas é de que crianças e adolescentes acumulem pelo menos 300 minutos por semana de atividade física. E nessa conta não entram os videogames interativos.

Para os adolescentes, é interessante que exercícios de resistência, com a musculação, sejam considerados, porque contribuem para o crescimento e desenvolvimento final do corpo. Tudo sempre com o acompanhamento de um profissional de educação física, que vai elaborar um treinamento específico para a necessidade de cada adolescente.
 

Adultos

Infelizmente, é nessa fase que a massa muscular começa, progressivamente, a diminuir. Por isso, os exercícios de resistência passam a ser os mais importantes. Buscar o fortalecimento muscular pelo menos duas vezes por semana é a recomendação dos especialistas do Ministério da Saúde.

Pilates, musculação, treinamento funcional, crossfit e ioga são exemplos de exercícios que oferecem resistência muscular. Treinos aeróbicos como natação, corrida e ciclismo continuam sendo essenciais na fase adulta, pensando em condicionamento cardiovascular. Então, o ideal é que sua rotina de exercícios concilie os dois tipos de atividade física.
 

Idosos

Para esse grupo, a prática regular de atividade física proporciona benefícios específicos: mais disposição e bem-estar e menor risco de doenças cardíacas, osteoporose, diabetes, perda severa de massa muscular, obesidade e depressão. Nessa fase, antes de se iniciar qualquer exercício, é indispensável uma avaliação das condições físicas para evitar lesões musculares e riscos cardiorrespiratórios.

Como a perda de massa muscular se torna mais ativa, as práticas de resistência muscular são indispensáveis, já que ajudam o corpo a readquirir o que foi perdido ao longo dos anos. O desenvolvimento de elasticidade e equilíbrio também deve ser considerado na hora de escolher os exercícios. No dia a dia do idoso, tudo isso pode ser traduzido como independência, autonomia e mais qualidade de vida.

Exemplos de atividades para a terceira idade recomendadas pelo Ministério da Saúde: musculação, pilates, treinamento funcional, exercícios de postura, esportes de baixo impacto, alongamento, tai chi chuan, ioga, caminhada, natação, hidroginástica e dança.

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