A queda de um pouco de cabelo diariamente é uma coisa natural de acontecer, pois novos fios sempre estão crescendo. Segundo o Ministério da Saúde, as pessoas perdem de 50 a 100 fios de cabelo por dia, o que costuma ficar mais evidente durante o banho.

Isso se deve ao ciclo de vida de cada fio, que é marcado por fases de crescimento, repouso e queda. Ou seja, 90% dos nossos cabelos estão na fase de crescimento e passam por um curto período de repouso até caírem e cederem lugar a um novo fio.

No entanto, é preciso estar atento! O cabelo caindo muito, a ponto de se encontrar fios sobre a mesa, no carro, no travesseiro após uma noite de sono, ao pentear ou mesmo a cada vez que se passa as mãos entre eles não se caracteriza como uma perda normal.

Nos últimos anos, os casos de queda de cabelo vêm crescendo significativamente, principalmente entre as mulheres, o que pode gerar constrangimento e até uma baixa autoestima. Por isso, é essencial procurar ajuda médica para identificar a raiz do problema e o melhor tratamento.

 

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9 possíveis causas do cabelo caindo muito

Existem diferentes razões para a perda de cabelo em excesso, que vão desde genética e doenças dermatológicas até maus tratos com os fios. Confira abaixo algumas das razões mais comuns.
 

1. Idade

De acordo com a Academia Americana de Dermatologia, um dos motivos mais naturais para a queda de cabelos é o envelhecimento. Grande parte das pessoas percebe essa perda dos fios ao longo dos anos.

Ao passo que a idade avança, os folículos capilares param de fazer o cabelo crescer e os fios que possuímos no nosso couro cabeludo ficam mais finos, além de perderem a cor. Com isso, a linha do cabelo de uma mulher naturalmente começa a recuar. Se iniciado logo cedo, um bom tratamento pode ajudar a regenerar o cabelo.

 

2. Alopecia Androgenética

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a alopecia androgenética, também conhecida como calvície, é a condição mais comum quando uma pessoa percebe o cabelo caindo muito. A doença pode levar à perda total ou parcial dos cabelos.

80% dos homens com mais de 80 anos apresentam o problema, com uma perda concentrada no topo do couro cabelo. Porém, muitas mulheres vêm sofrendo com a condição atualmente. Nelas, as regiões da queda são mais espalhadas.

A principal origem desse tipo de alopecia é genética e hereditária, porém também está associada ao excesso de hormônios masculinos. Por isso, muitas mulheres estão sendo afetadas, já que passam por diversas alterações hormonais naturais ao longo da vida.

O tratamento geralmente é realizado com medicamentos estimulantes do crescimento dos fios e bloqueadores hormonais para impedir o processo de queda e recuperar parte da perda. O transplante capilar pode ser indicado para casos mais extremos.

 

3. Eflúvio Telógeno

Essa condição é associada a algum gatilho que acontece 3 meses antes do início da queda. Além do cabelo caindo muito, também pode provocar coceira no couro cabeludo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a doença se divide em dois tipos:
 

Eflúvio telógeno agudo

A queda é de cerca de 200 a 300 fios por dia e geralmente está associada a eventos como o pós-parto, febre, infecção aguda, sinusite, pneumonia, gripe, dietas muito restritivas, doenças metabólicas ou infecciosas, cirurgias, especialmente a bariátrica, além do estresse.

 

Eflúvio telógeno crônico

Neste tipo, há ciclos de aumento dos fios. Logo, com o passar do tempo, o paciente fica com o cabelo mais volumoso na base e menos volumoso no comprimento. Apesar de não possuir uma causa conhecida, se associa a doenças autoimunes, sendo a mais comum a tireoidite de Hashimoto.

Não existe um tratamento específico para o eflúvio, já que muitas vezes a melhora é natural. Porém, o tratamento se torna necessário se o paciente também apresentar alguma outra condição associada, como outros tipos de alopecia.

 

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4, Desequilíbrio hormonal

A Academia Americana de Dermatologia explica que mulheres que desenvolvem algum tipo de desequilíbrio hormonal podem apresentar uma queda brusca de cabelo.

Uma das causas comuns desse desequilíbrio é a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), que provoca cistos nos ovários e gera diversos sintomas. Alguns tipos de pílulas anticoncepcionais também podem causar um desequilíbrio hormonal temporário. O tratamento da raiz do problema ajuda a reverter o quadro da perda dos fios.

 

5. Alopecia Areata

Segundo a Secretária de Estado de Saúde, nesse tipo de alopecia o único sintoma é a perda de fios em áreas arredondadas ou ovalares de tamanhos variados, únicas ou múltiplas. Além disso, pode ocorrer também em outras regiões com pelos e, apesar de raro, evoluir para sua perda total no corpo.

A doença é de origem inflamatória e pode ter diversos fatores desencadeantes, como a genética e a participação autoimune. O tratamento medicamentoso depende do quadro. Por isso, um especialista deve ser consultado.

 

6. Infecção do couro cabeludo

A Academia Americana de Dermatologia explica que uma infecção no couro cabeludo pode levar a áreas escamosas e inflamadas, em que é possível ver pequenos pontos pretos (tocos de cabelo). Com isso, algumas pessoas acabam desenvolvendo uma calvície. Porém, a boa notícia é que o tratamento correto pode eliminar a infecção e o cabelo tende a crescer de novo.

 

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7. Alopecia de Tração

Esse tipo de queda de cabelo é causado pela tração excessiva, repetida e prolongada dos fios. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é muito comum em mulheres que usam penteados com tranças apertadas ou extensores capilares, como o mega hair.

Porém, o coque apertado da bailarina e o uso constante de rabos de cavalo também podem provocar a doença, até mesmo em crianças. Além do cabelo caindo muito e de um desconforto no couro cabelo, outros sintomas são vermelhidão, escamas e pústulas.

É essencial procurar um dermatologista para o tratamento, pois a evolução do quadro pode gerar um processo cicatricial do folículo, causando a perda definitiva do fio na região afetada.

 

8. Procedimentos estéticos

Excesso de coloração, permanentes ou progressivas, em especial sem os cuidados necessários, podem danificar o cabelo com o passar do tempo e levar à queda. Ainda, a Academia Americana de Dermatologia ressalta que se um folículo piloso for danificado, aquele fio pode não crescer mais. Por isso, é importante o acompanhamento com profissionais de confiança.

 

9. Alopecia Cicatricial

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, esse tipo de perda de fios é causado por traumatismo, queimaduras químicas ou físicas, exposição a agentes radioativos de finalidade terapêutica ou doenças que evoluem para atrofias ou cicatrizes.

Por exemplo, piodermites, paracoccidioidomicose, leishmaniose, tuberculose, sarcoidose, herpes zoster, linfomas, tumores, líquen plano, esclerodermia, lúpus eritematoso fixo, pseudopelada de Brocq e foliculite descalvante.

 

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