A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética que afeta um em cada 600 a 800 nascimentos no Brasil. Embora as crianças com SD possam ter algumas dificuldades no desenvolvimento, é possível estimulá-las e ajudá-las a alcançar seu potencial máximo. Continue a leitura e veja como estimular o desenvolvimento de crianças com Síndrome de Down.
 

O que é a Síndrome de Down?

A Síndrome de Down é uma condição genética que afeta o desenvolvimento físico e cognitivo de uma pessoa. Ela ocorre quando uma pessoa nasce com uma cópia extra do cromossomo 21, o que resulta em algumas características físicas e cognitivas distintas.

Esta síndrome é a alteração cromossômica mais comum em seres humanos e é a principal causa de deficiência intelectual na população. No entanto, até os dias atuais a origem da Síndrome de Down é desconhecida.
 

Características típicas da Síndrome de Down

As características da síndrome variam, mas, em geral são:
 

Características físicas: corpo, rosto, face e cabeça

- Olhos oblíquos, semelhantes aos dos orientais;

- Rosto arredondado;

- Orelhas pequenas;

- Língua grande: junto com a hipotonia, faz com que o bebê, ou a criança, fique com a boca aberta;

- Mãos menores com dedos mais curtos e prega palmar única;

- Estatura mais baixa.

Além disso, em alguns casos, existe excesso de pele na parte de trás do pescoço e a articulação do pescoço pode apresentar instabilidade, provocando problemas nos nervos por compressão da medula.
 

Hipotonia

Hipotonia é a diminuição do tônus muscular. Por isso, o bebê é menos rígido, o que contribui para:

- Dificuldades motoras, de mastigação e deglutição;

- Atraso na articulação da fala;

- Problemas do coração em 50% dos casos.
 

Comprometimento intelectual e outras condições de saúde

- Tendência à obesidade e a doenças endócrinas, como diabetes e hipotireoidismo, por exemplo;

- Aproximadamente 5% dos portadores têm problemas gastrointestinais;

- Maior risco de deficiências auditivas e de visão;

- Maior risco de infecções (principalmente de ouvido) e leucemias.

O comprometimento intelectual e, consequentemente, aprendizagem mais lenta também está presente na maioria dos casos.

 

Leia também: Guia sobre Síndrome de Down: o que é, características e causas

 

8 dicas para estimular crianças com Síndrome de Down

Estimular as crianças com Síndrome de Down desde cedo, principalmente nos primeiros anos de vida, é crucial para seu desenvolvimento.
 

1. Estimule a comunicação

Fale com as crianças regularmente e tente usar linguagem objetiva, clara e simples. Além disso, tente ensiná-las a fazer gestos e sinais para se comunicar. A terapia da fala com profissional especializado também pode ser útil para ajudar a melhorar a comunicação da criança.
 

2. Desenvolva habilidades motoras

As atividades físicas adequadas à idade, como jogar bola, pular corda ou andar de bicicleta, e fisioterapia contribuem para o desenvolvimento motor e coordenação.
 

3. Ofereça atividades educacionais

Ofereça atividades educacionais adequadas à idade e ao nível de desenvolvimento da criança, como jogos educacionais, atividades de leitura, escrita e aulas de música, por exemplo. Forneça também um ambiente de aprendizado positivo e de apoio.
 

4. Estimule a independência

As crianças com Síndrome de Down podem precisar de mais apoio e orientação em algumas áreas, mas é importante também incentivar sua independência. Ajude-a a desenvolver habilidades de vida diária práticas, como vestir-se, escovar os dentes e alimentar-se sozinha. Encoraje a criança a fazer as coisas por si mesma sempre que possível, mas também esteja lá para fornecer apoio e orientação quando necessário.
 

5. Promova a socialização

Incentive a criança a se envolver em atividades sociais, como participar de clubes ou grupos, ou se matricular em aulas extracurriculares, como aulas de dança ou teatro. Isso pode ajudar a desenvolver habilidades sociais e a construir relacionamentos positivos, além de auxiliar a desenvolver a comunicação social.
 

6. Forneça apoio emocional

As crianças com Síndrome de Down podem enfrentar desafios emocionais, como a frustração por não ser capaz de fazer algo que outras crianças de sua idade conseguem fazer ou a dificuldade em compreender algumas situações. Portanto, para fornecer apoio emocional e encorajamento, certifique-se de ouvi-la, validar seus sentimentos e estimulá-la a se expressar.
 

7. Aprenda sobre a Síndrome de Down

Aprender sobre a Síndrome de Down ajuda os pais e responsáveis a entender melhor as necessidades da criança e a fornecer o apoio necessário. Por isso, fale com profissionais de saúde especializados, participe de grupos de apoio e pesquise sobre a condição.
 

8. Não subestime o acompanhamento médico

É fundamental que bebês e crianças com síndrome de Down sejam acompanhados desde cedo para aumentar a chance de diagnóstico precoce em caso de problemas de saúde, principalmente cardiovascular, gastrointestinal, endócrino, auditivo e visual.

Na maioria das vezes, um tratamento precoce pode até mesmo evitar que esses problemas afetem a saúde do indivíduo.

Por fim, não se cobre em excesso, se alguma estratégia não funcionar, experimente outras e adapte o que for necessário até que a criança, ou bebê, esteja confortável e colabore com as atividades sem recusa.

 

Leia também: Como identificar autismo no bebê? Saiba quais são os primeiros sinais

 

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