Veja mais sobre a psicologia gestacional

A gestação é um momento de mudanças e surpresas e nesse período incertezas e inseguranças podem surgir, a barriga começa a crescer e o corpo vai se alterando conforme o tempo passa, no primeiro momento essas e outras sensações podem ser desesperadoras.

A psicologia gestacional ou psicologia da gestante serve como um acompanhamento para as mães que estão passando por alguma dificuldade emocional durante ou após a gestação.

Existem alguns perfis que estão mais suscetíveis a esse evento como histórico de depressão pós-parto, estresse, problemas financeiros ou familiares, gravidez não desejada, quadro de desordem emocional anterior a gestação.

De acordo com uma pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma em cada quatro brasileiras apresenta sintomas de depressão pós-parto. O estudo, entrevistou cerca de 23 mil mulheres entre o sexto e o décimo oitavo mês após o parto e foi publicado no Journal of Affective Disorders esse quadro alarmante sobre a vida gestacional da mulher.

Mas vale lembrar que mesmo mulheres fora desses perfis podem apresentar depressão pós-parto.

O que é depressão pós-parto? 

Hoje em dia, infelizmente encontramos diversas pessoas que sofrem ou já sofreram depressão e/ou outros quadros de instabilidade emocional em nossos ciclos sociais, porém quando o tema é depressão pós-parto ainda é comum encontrarmos muitos tabus.

Primeiro é importante lembrar que ninguém está distante de viver uma situação dessa e que isso não lhe faz uma mãe má ou até um ser humano falho. Separamos alguns sintomas emocionais que podem ser identificados como depressão pós-parto. Confira a seguir.

- Sentimento de culpa

- Pouco interesse pelo bebê

- Desânimo e cansaço extremo

- Incapacidade para cuidar de si e do bebê

- Medo de ficar sozinha

- Falta de apetite

- Falta de prazer nas atividades diárias

- Insônia

- Evitar contato com o bebê

- Ganho ou perda de peso

- Pensar em morte ou suicídio

- Vontade súbita de prejudicar ou fazer mal ao bebê

Caso você se identifique com alguns desses indícios, converse com algum familiar, peça ajuda para organizar a rotina e fique atenta até o primeiro mês de vida do bebê é comum viver alguns desses sintomas, pois é necessário um tempo para se adaptar às necessidades do bebê, e às mudanças familiares na sua vida.

No entanto, quando os sintomas e as alterações hormonais dessa fase de depressão pós-parto se mantêm por duas semanas ou mais, é aconselhável consultar um psiquiatra ou psicólogo para avaliar a situação e iniciar o tratamento adequado.

A depressão pós-parto pode ser diagnosticada durante o pré-natal por meio da análise dos profissionais que acompanham a mãe e o bebê, quanto mais cedo esses sintomas são identificados maior é a possibilidade de aceitação e melhora dos sintomas da paciente. É recomendado também que a família e amigos se aproximem ainda mais da mãe para uma maior sensação de apoio e, sempre adotando uma postura aberta, acolhedora e livre de julgamentos e comparações.

Por isso, não tenha medo ou vergonha de buscar ajuda de um profissional. A saúde emocional pode ser muito volátil, isso é normal. Busque dedicar algumas horas a você e viva mais feliz.

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