A rinite alérgica é uma condição comum que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Estima-se que, no Brasil, cerca de 10% a 25% das pessoas sofram com a rinite alérgica, principalmente moradores de grandes capitais que estão expostos a uma quantidade maior de poluição do ar. Caracterizada por sintomas desconfortáveis, como coceira no nariz, por exemplo, essa condição pode impactar significativamente a qualidade de vida das pessoas. Neste artigo, vamos explorar as causas, sintomas e opções de tratamento para a rinite alérgica, bem como fornecer dicas para gerenciar seus efeitos de forma eficaz. Continue a leitura.

 

Rinite alérgica

A rinite é uma inflamação que ocorre nas mucosas do nariz, quando o sistema imunológico reage exageradamente a substâncias que deveriam ser inofensivas, como pólen e pelos de animais, por exemplo. Essa reação desencadeia sintomas desconfortáveis, que se assemelham aos de um resfriado comum, embora a rinite alérgica não seja causada por um vírus.

Apesar disso, é fundamental reforçar que existem outros tipos de rinite. No caso da rinite infecciosa, por exemplo, a causa é infecção por vírus ou bactérias.  Isso significa que a infecção por microrganismos não é a causa da rinite alérgica, especificamente.

Portanto, caso desconfie de um caso de rinite, busque atendimento médico o quanto antes. Se o seu caso for uma rinite infecciosa, pode ser necessário o uso de antibióticos e antivirais para tratar a doença.

 

Sintomas

O nariz é a primeira barreira de proteção do nosso corpo contra substâncias tóxicas e irritantes inaladas durante a respiração. Portanto, graças ao seu mecanismo de defesa, é possível impedir que esses componentes alcancem os pulmões através dos espirros.

Ou seja, coriza e espirros são reações comuns do corpo e um comportamento rotineiro do organismo de qualquer pessoa. Porém, quando essa resposta aos alérgenos ocorre de forma duradoura e exagerada, caracteriza-se a rinite alérgica, doença crônica provocada pelo contato com os alérgenos.

Então, faz parte dessa resposta: a obstrução nasal para o bloqueio do agressor, além da coriza e espirros na tentativa de expulsão. Além disso, pode haver coceira no nariz, na garganta, no céu da boca e nos olhos; irritabilidade e lacrimejo frequente nos olhos. 

 

O que causa a rinite alérgica?

A principal causa da rinite alérgica é a exposição a alérgenos, que são substâncias que causam uma reação alérgica. Os alérgenos mais comuns incluem pólen, ácaros presentes na poeira doméstica, pelos de animais de estimação e mofo. Então, quando uma pessoa sensível a esses alérgenos entra em contato com eles, o sistema imunológico libera histaminas, substâncias que desencadeiam os sintomas alérgicos.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), existem também componentes genéticos que favorecem a manifestação de problemas alérgicos. Por exemplo, quando os pais têm rinite, as chances de seus filhos desenvolverem esse problema respiratório é de 50%. Uma pessoa que carrega essa predisposição, quando entra em contato com um alérgeno, se torna reativa e não o tolera.

No entanto, mesmo que nenhum dos pais tenha alergia, a criança ainda pode ter problemas alérgicos, como conjuntivite, asma e alguns tipos de alergia de pele. A rinite tende a acontecer nos primeiros anos de vida, podendo em alguns casos atípicos se apresentar em um momento mais tardio da vida.

 

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Como saber se tenho rinite alérgica?

Diagnosticar a rinite alérgica envolve avaliar os sintomas do paciente e, se necessário, realizar testes de alergia para identificar a causa.

Em primeiro lugar, o médico geralmente começa obtendo o histórico médico completo do paciente e uma descrição detalhada dos sintomas. Em seguida, testes cutâneos e sanguíneos podem identificar quais alérgenos estão causando a reação.

Além disso, alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolver rinite alérgica:

- Ter parentes com histórico de alergias;

- A exposição constante a alérgenos em casa, local de trabalho ou outras áreas.

 

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Tratamento e prevenção

O tratamento da rinite alérgica envolve aliviar os sintomas e reduzir a resposta imunológica aos alérgenos, independente da causa. Por isso, os médicos podem prescrever anti-histamínicos, descongestionantes nasais, sprays nasais e a vacina para a rinite.

A vacina existe há 30 anos e faz a dessensibilização do paciente ao alérgeno, reduzindo as crises, mas é um tratamento longo. Além disso, ela só é recomendada por especialistas para casos graves. Portanto, não se automedique.

Não existe cura para esse problema, mas medidas simples podem ser muito eficazes no controle e prevenção de uma crise, como:

- Cuidado com a higiene do local, deixando-o limpo e arejado para evitar o acúmulo de ácaros e fungos;

- Uso de medicamentos mediante prescrição médica, como os anti-histamínicos e corticoides nasais;

- Fazer atividades físicas;

- Manter-se hidratado;

- Dar preferência aos aspiradores com filtro e usar pano úmido para remover poeira, ao invés de vassouras e espanadores;

- Usar máscara ao limpar armários, estantes, ou realizar faxina;

- Trocar as roupas de cama semanalmente e sempre deixar o ambiente arejado;

- Evitar deixar que os animais de estimação subam em estofados ou camas;

- Na decoração da casa, evitar cortinas, carpetes, tapetes, almofadas ou outros objetos que possam acumular poeira. Caso os mantenha, mantê-los sempre limpos.

 

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Vale ressaltar que o acompanhamento médico é muito importante. Especialistas como imunologistas, alergologistas e otorrinolaringologistas podem diagnosticar as causas da rinite alérgica e prescrever um tratamento adequado para o controle dos sintomas.

Lembrando que, caso você seja um beneficiário Care Plus, é possível ter acesso a todos esses especialistas e amenizar ao máximo os problemas causados pela rinite alérgica.
 

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