Há quem diga que, para começar a correr, não é preciso muita coisa. Coloque uma roupa própria para atividade física, calce os tênis e aperte o passo: esses são os conselhos mais comuns. Mas a verdade é que começar a correr exige certos cuidados e até a superação de alguns desafios. Se você está no time de quem quer mais velocidade na rotina de treinos, aproveite as dicas!

1. Invista em tênis próprios para correr

Isso não é para fazer bonito nem para combinar com o look. Usar calçados adequados é uma questão de saúde. Especialistas da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício (SBMEE) explicam que os tênis devem ser uma extensão do corpo da pessoa e cada uma possui um tipo de pisada. Isso deve ser levado em conta na hora de escolher o calçado porque pode diminuir o risco de você ter uma lesão. 

Fazer o chamado teste de pisada pode ajudar nessa missão. Muitas lojas de artigos esportivos realizam esse teste, mas você pode procurar um ortopedista, caso queira uma avaliação mais completa. Com ele, você descobre se a sua pisada é pronada, supinada ou neutra e pode escolher os tênis mais adequados para o seu caso.

Vamos saber mais!

• Pisada pronada: é aquela em que você toca o solo com a borda interna do pé. Nesse caso, os especialistas pedem atenção maior com as lesões no joelho.

• Pisada supinada: aqui, o toque ao solo ocorre na lateral externa do pé. As chances de lesões nos joelhos são menores, mas há maior risco de torções.

• Pisada neutra: é o contato total da planta do pé com o solo. É a mais estável das três e com menos riscos de lesões.

2. Respeite os seus limites

O seu condicionamento físico no momento vai ser importante nesse início. Sedentário ou praticante de atividade física, de qualquer forma, é interessante que comece a correr devagar e aos poucos.

O especialistas aconselham seguir uma rotina regular de treino, correndo em dias alternados, por exemplo. Faça isso sem se preocupar com a distância ou o tempo gasto na atividade.

Se precisar parar de correr para caminhar, tudo bem! Nesse pique, eles estimam que, dentro de seis meses, você pode completar um percurso de 5km ou 10km de forma prazerosa e eficiente.

3. Dedique-se a treinos consistentes

Focado, você foi para a esteira ou para a rua e fez o seu primeiro treino de corrida. Como esse é um esforço com o qual o seu corpo não está acostumado, no dia seguinte, vem aquela dor muscular chatíssima. E agora? Os especialistas da SBMEE explicam que essa dor vem de microlesões na musculatura que geram pequenos processos inflamatórios (que são os causadores da dor). Muitas vezes, esse efeito serve de gatilho para um treino menos consistente ou mesmo desistências.

Mas não caia dessa! A longo prazo e com uma prática regular da corrida, esse processo inflamatório do músculo costuma ser menos recorrente. Então, vale a pena superar esse incômodo (que é normal, segundo os especialistas) e se dedicar à corrida com disciplina. Se deixar para treinar só uma vez por semana, cada vez que correr será como se fosse a primeira. E aí não há evolução, e pior: maior o risco de você sofrer uma lesão!

4. Faça mais musculação

Na verdade, qualquer treinamento de força é sempre bem-vindo. Vale a própria musculação, pilates ou treinamento funcional. Qualquer um deles pode fazer o que interessa aqui: fortalecer os seus músculos. Pode parecer que isso não tenha relação com a corrida, mas tem, sim! De acordo com os especialistas da SBMEE, o resultado dessa combinação aumenta a força das estruturas que “sustentam” o joelho (reduzindo o risco de lesões), melhora a postura, rende mais eficiência nas passadas e ajuda a economizar energia durante a atividade. Então, já sabe o que fazer entre um treino e outro de corrida, certo?

5. Mantenha-se motivado

Experimente iniciar o treino de corrida com outras pessoas. Um estudo feito pela Universidade da Nova Inglaterra, na Austrália, descobriu que optar por atividade física em conjunto pode melhorar a saúde emocional. Em comparação com quem treinava sozinho, após três meses, eles viram que os níveis de estresse de quem treinava em grupo despencou 26%. O fato de um estimular o outro pode ter tudo a ver com isso.

Outra forma de se manter motivado é usar dispositivos eletrônicos. Pulseiras que monitoram o coração, relógios que calculam o número de passos e até roupas que informam quanto seu músculo contrai durante um movimento. A tecnologia está com tudo e pode ajudar você a ter maior controle do seu treino. De acordo com a SBMEE, esses gadgets oferecem feedback imediato sobre a atividade realizada, incentivando não só a corrida em si, mas também os cuidados com a manutenção da saúde. Vale experimentar!

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